segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

INFORMATIVIDADE E SITUACIONALIDADE

Este artigo trata sobre a informatividade e a situacionalidade, destacando a importância desses fatores dentro de um texto.


“O essencial desse principio é postular que num texto deve ser possível distinguir entre o que ele quer transmitir e o que é possível extrair dele, e o que não é pretendido.Ser informativo significa, pois, ser capaz de dirimir incertezas.” (MARCUSCHI,2009,pg 128)

Informatividade
É a medida na qual as ocorrências de um texto são esperadas ou não, conhecidas ou não,pelo receptor. Um discurso menos previsível tem mais informatividade. Sua recepção é mais trabalhosa, porém mais interessante,envolvente. O excesso de informatividade pode ser rejeitado pelo receptor, que não poderá processá-lo. O ideal é que o texto se mantenha num nível mediano de informatividade, que fale de informações que tragam novidades, mas que venham ligadas a dados conhecidos.

“A situacionalidade não só serve para interpretar e relacionar o texto ao seu contexto interpretativo,mas também para orientar a própria produção.” (MARCUSCHI,2009,pg 128)

Situacionalidade
É a adequação do texto a uma situação comunicativa,ao contexto. Note-se que a situação orienta o sentido do discurso, tanto na sua produção como na sua interpretação.
Por isso, muitas vezes, menos coeso e, aparentemente, menos claro pode funcionar melhor em determinadas situações do que outro de configuração mais completa. É importante notar que a situação comunicativa interfere na produção do texto, assim como este tem reflexos sobre toda a situação, já que o texto não é um simples reflexo do mundo real. O homem serve de mediador, com suas crenças e idéias, recriando a situação. O mesmo objeto é descrito por duas pessoas distintamente, pois elas o encaram de modo diverso.

O texto abaixo, não segue o padrão ortográfico da língua portuguesa, no entanto não podemos julgar dessa maneira,pois o tipo de escrita encontra um ambiente para ser aceito: a internet. Em um momento informal, uma conversa entre amigos, por exemplo.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Modalização da Linguagem.

FACULDADE DE SÃO VICENTE – UNIBR
Pedagogia – 2º Semestre B Redação e Produção Textual Professor Hélio Rodrigues Júnior
Cibele Pereira Soares Cardoso, Crislaine Santana de Carvalho, Gilva Nunes de Araújo, Renata Helena Fajardo Lemos, Tathiany Priscilla dos Santos Ximenis, e Vanessa Gonçalves Lustosa. MODALIZAÇÃO

INTRODUÇÃO
Este trabalho trata sobre a Modalização da linguagem. Baseada em uma entrevista de Rubem Alves.
Modalização é o fenômeno pelo qual o sujeito expressa sua adesão ao texto. Através da modalização é possível perceber qual a atitude do locutor na defesa do que pretende. Assim, é possível perceber se ele crê no que diz, se atenua ou impõe algo que diz. Há dois tipos básicosde modalizadores:1.Modalidades Epistêmicas: referem-se ao eixo do saber [certeza/probabilidade], crê - eu acho,é possível. Provavelmente virei, Saber- eu sei, é certo, Viajarei com certeza.2.Modalidades Deônticas: referem-se ao eixo da conduta .[obrigatoriedade/permissibilidade] .Proibido: não se deve estacionar na faixa amarela. .Obrigatório: você precisasse alimentar melhor.

METODOLOGIA
Foi realizado na Escola Emilio Justo Vila Progresso, com alunos entre 9 e 10 anos e idade que estão no 3º ano do Ensino Fundamental I, no dia 10 de outubro de 2013. A aula teve as seguintes etapas: 1. Na leitura do texto utilizamos fantoches para ilustrar melhor o entendimento. 2. Explicamos sobre a modalização da linguagem. 3. Os alunos reescreveramo texto na forma correta. 4. Comparamos os dois textos. 5. Solicitamos a criação de uma redação,onde eles modalizassem o texto.

GRÁFICO



ANÁLISES
Texto 1 Texto 2




De acordo com os critério de avaliação do saresp para o ensino fundamental I.
Texto 1: Atendeu a proposta e produziu um texto modalizado.
Texto 2: Não atendeu a proposta e demonstrou domínio insuficiente da leitura e escrita.

CONCLUSÃO
Observamos com a nossa aula e concluímos que a forma “lúdica” é o meio mais fácil de aprendizagem para as crianças. Pois à maioria deles conseguiram atingir á proposta pedagógica do saresp. E considerando um tema tão complexo para a faixa etária deles, através do lúdico conseguimos almejar o objetivo.
BIBLIOGRAFIA
http://www.youtube.com/watch?v=ouFqxPYA8lg
http://www.dicionarioinformal.com.br/modalização/
http://demogidascruzes.edunet.sp.gov.br/LP/Trava

Modalização da linguagem




Segundo Castilho;Castilho os advérbios se subdividem em modalizadores epistêmicos,deônticos e afetivos .Epistêmico expressa uma
avaliação sobre o valor de verdade e as condições de verdade da proposição,são subdivididos em três tipos:assertativo afirmativo e não deixa margens para dúvidas,indica que o falante que o falante considera verdadeiro o conteúdo da proposição e o apresenta como uma afirmação (realmente, com certeza etc);Assertativo negativo , em que o falante considera verdadeiro o conteúdo da proposição e o apresenta como uma negação (de jeito nenhum, de forma alguma etc).
Os modalizadores deônticos são usados pelo falante para expressar que o conteúdo de P é apresentado como um dever ou Os modalizadores deônticos são usados pelo falante para expressar que o conteúdo de P é Os modalizadores deônticos são usados pelo falante para expressar que o conteúdo de P é apresentado como um dever ou obrigação(obrigatoriamente,necessariamente,etc).Já os modalizadores afetivos conforme Castilho explica são subdivididos em subjetivos,que expressam predicação dupla:a do falante em face de P e da própria proposição (felizmente,curiosamente,etc),e intersubjetivos,que expressam uma predicação simples,assumida pelo falante em face de seu interlectutor,a propósito de "P(honestamente,sinceramente,etc).

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A Intencionalidade e aceitabilidade no texto.


AULA 2 | Intencionalidade x Aceitabilidade |

iIntencionalidade
[...] o produtor de um texto tem, necessariamente, determinados objetivos ou propósitos, que vão desde a simples intenção de estabalecer ou manter o contato com o receptor até a de levá-lo a partilhar de opniões ou a agir ou comportar-se de determinada maneira. Assim, a intencionalidade refere-se ao modo como os emissores usam textos para perseguir e realizar suasintenções, produzindo, para tanto, textos adequados à obtenção dos efeitos desejados. É por esta razão que o emissor procura, de modo geral, construir seu texto de modo coerente e dar pistas ao receptor que lhe permitam constituir o sentido desejado. [...]

A intencinalidade tem relação estrita com o que se tem chamado deargumentatividade. Se aceitarmos como verdade que não existem textosneutros, que há sempre alguma intenção ou objetivo da parte de quem produz um texto, e que este não é jamais uma “cópia” do mundo real, pois o mundo é recriado no texto através da mediação de nossas crenças, convicções, perspectivas e propósitos, então somos obrigados a admitir que existe sempre uma argumentativiade subjacente ao uso da linguagem.

iAceitabilidade
aceitabilidade constitui a contraparte da intencionalidade. [...] quando duas pessoas interagem por meio da linguagem, elas se esforçam por fazer-se compreender e procuram calcular o sentido do texto do(s) interlocutor(es), partindo das pistas que ele contém e ativando seu conhecimento de mundo, da situação, etc. Assim, mesmo que um texto não se apresente, à primeira vista, como perfeitamente coerente, [...] o receptor vai tentar estabelecer a sua coerência, dando-lhe a interpretação que lhe pareça cabível, [...].

[KOCK, Ingedore Grunfeld Villaça & TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Intencionalidade e aceitabilidade. In: A coerência textual. 17 ed. São Paulo: Contexto, 2007.]

aceitabilidade é a contraparte da intencionalidade, ou seja, o autor ao produzir um enunciado (texto) tem uma intenção ou objetivo provável com o leitor, e o leitor, por sua vez, esforça-se (intuitivamente) para compreender e entender o enunciado.

trabalho apresentado sobre a intencionalidade e aceitabilidade no texto



segunda-feira, 28 de outubro de 2013

AS VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS X NORMA CULTA

Variação linguística esteve presente em todo o momento da formaçao e estruturação de nossa língua, ao retornarmos à lingua-mãe, o latim, percebemos que desde então até os dias atuais, tivemos mudanças renovadora da lingua.
A linguística atual revela que uma lingua não é homogênea e deve ser entendida justamente pelo que caracteriza
o homem, a diversidade e a possibilidade de mudanças.
É preciso compreender que tais mudanças, como se pensava no início, não se encerrava somente no tempo, mas tambêm se manifestavam no espaço, nas camadas sociais e nas representações estilísticas.
Norma culta, é o nível de formalidade que determina qual variante da língua devemos usar para nos expressar
ela surgiu para disponibilizar respostas para dúvidas corriqueiras referentes ao português do Brasil.
A norma culta representa o conjunto das práticas linguísticas e dos modelos de uso encontrados em textos formais,
especialmente na modalidade escrita e que, justamente por pertencerem à esfera do uso variam de um autor para outro.
Ela comporta dois padrões: o formal e o coloquial.
O formal- É o modelo culto utilizado na escrita, que segue rigidamente as regras gramaticais
O Padrão Coloquial- É a versão oral da lingua culta e, por ser mais livre e espontânea, tem um pouco mais de liberdade e está menos presa à rigidez das regras gramaticais.

sábado, 28 de setembro de 2013

PROCESSAMENTO TEXTUAL

CONHECIMENTO ENCICLOPÉDICO E O PROCESSAMENTO TEXTUAL
NO POEMA TODAS AS VIDAS DE CORA CORALINA [1]
Maria das Graças Filadelfo de Oliveira
[2]
“Alguém deve rever, escrever e assinar os autos do Passado antes que o Tempo passe tudo a raso. É o que procuro fazer para a geração nova, sempre atenta e enlevada nas estórias, lendas, tradições, sociologia e folclore de nossa terra. Para a gente moça, pois, escrevi este livro de estórias. Sei que serei lida e entendida.”
(Cora Coralina) [3]
 
 
Este artigo tem como objetivo central apresentar uma análise destacando como o conhecimento enciclopédico ou de mundo é mobilizado no processamento textual na poesia de Cora Coralina. O propósito principal da pesquisa consiste em ressaltar a importância desse sistema de conhecimento, não como uma espécie de depósito de informação do qual os falantes lançam mão no momento do processo discursivo, mas como um mecanismo estratégico importante para a construção de sentido do texto. O estudo tem como referencial teórico Koch (2003/2004), Barthes (2004), entre outros autores.
Palavras-chave: Conhecimento de mundo, processamento textual e sentido.
1. Introdução
O processo da escrita mobiliza várias estratégias para que uma idéia ganhe sentido em forma de texto. Nesse mecanismo, o conhecimento enciclopédico ou de mundo enriquece o processamento textual. As experiências acumuladas ao longo do tempo constituem amplo conhecimento de mundo, independente do nível de escolaridade dos falantes. Essas experiências, socioculturalmente adquiridas, encontram-se armazenadas na memória de cada indivíduo e são ativadas no processamento discursivo.
Os poemas de Cora Coralina (1889/1985) são um exemplo importante para discutir essas estratégias. O despojamento dos versos da poetisa casa de forma perfeita com a simplicidade do ambiente onde viveu e apresenta a grandiosidade de alguém que escreveu como se tivesse freqüentado bancos universitários ou, talvez, ambientes de luxo.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

AMPLIAÇÃO DO CONHECIMENTO PARA LER E ESCREVER


Exemplos de materiais variados de leitura a serem disponibilizados aos alunos nas
salas de aula:
livros diversificados (com e sem palavras, de prosa, de poesia);
revistas;
gibis;
suplementos infantis de jornais;
cartelas com nomes dos alunos;
letras móveis;
jogos com letras e palavras;
produções das próprias crianças, com desenhos e escritas;
dicionários.
Outros. Quais?
2.2.
O professor lê histórias para as crianças pelo menos uma vez por dia?
Exemplos de atividades realizadas a partir de textos lidos pelo professor:
comentar as histórias lidas;
escrever as histórias lidas;
recontar as histórias lidas;
inventar novas histórias a partir das histórias lidas;
ler mais de uma vez a mesma história;
fazer relações com outros textos conhecidos.
Outros. Quais?

domingo, 15 de setembro de 2013

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR NO ENSINO FUNDAMENTAL 0001

A importancia do Livro

AJUDAR DOS PAIS COM CONCIÊNCIA !!!!

Em geral, os pais ficam apreensivos com esse momento. Alguns temem que o filho não consiga acompanhar a turma da escola e acabe ficando para trás ou se preocupam com o ritmo de desenvolvimento, julgando-o lento. Outros comparam o próprio histórico escolar com o da criança e acreditam que ela tem de repetir os passos do pai ou da mãe, principalmente os acertos e os avanços, claro.

Há ainda os que resolvem se antecipar aos professores e resolvem acelerar o processo, alfabetizando a criança em casa, a seu modo: seja como aprendeu no passado, seja da maneira como foi ensinado ao filho do vizinho ou a um sobrinho. Embora isso tudo seja feito com as melhores intenções, não é coisa muito bem vista por profissionais de educação.


Lição de casa: ajuda dos pais precisa ter limites

Para fixar o que foi aprendido na escola, desafiar a criança a encontrar solução para algo que ainda não aprendeu ou avaliar como ela lida com determinado tema visto em sala horas depois, quando está sozinha, os professores encaminham atividades para serem feitas em casa.

"É bastante comum que os pais sejam orientados sobre como proceder", afirma Márcia. Se a escola do seu filho não faz isso, agende uma reunião com o professor dele, o coordenador pedagógico ou o diretor e peça para conversar a respeito. É importante não só saber o que eles esperam de você, mas também as expectativas em relação à criança.

Em linhas gerais, para colaborar com o momento da tarefa, escolha um local organizado, silencioso e confortável para a criança estudar.

Se ela pedir auxílio para resolver algum item, procure ajudá-la somente lendo o enunciado. "Ao passar uma tarefa para casa, o educador tem objetivos claros e, se os pais resolvem o exercício para não deixar que o filho vá à escola no dia seguinte com o dever em branco, estão mascarando, ainda que sem querer, o que a criança sabe e o que ela ainda não aprendeu", diz Márcia.
"Pais e professores devem trabalhar em parceria para que a criança aprenda e se desenvolva. A colaboração da família é sempre bem-vinda, desde que esteja em sintonia com o trabalho realizado em sala de aula. É importante que os pais compreendam que a escola é o organismo capacitado para ensinar, que está preparado para fazer as intervenções adequadas, e que o processo de aprendizagem que envolve a leitura e a escrita se dá aos poucos", diz Márcia Ferreira, professora do primeiro ano e de apoio da coordenação da Escola Viva, em São Paulo.


EDUCAÇÃO INFANTIL



As escolas brasileiras passaram por mudanças desde que a lei 11.274 foi aprovada em 2006. A nova lei ampliou o Ensino Fundamental para nove anos e deu até o final de 2011 para as escolas se adaptarem. O último passo já foi dado: a partir do ano que vem, só vão ingressar no primeiro ano do Fundamental os alunos com seis anos completos até 31 de março de 2012. A medida gerou uma corrida de pais dispostos a ir à Justiça para garantir que seus filhos entrem no Ensino Fundamental antes do estabelecido. Mas é bom para a criança estar adiantada?
Pular um dos anos da Educação Infantil não é incomum. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a filha da professora universitária Michele Cunha Franco, de 43 anos. Quando Sofia cursava o que antes era conhecido como Jardim, nível anterior ao Pré, os professores perceberam que ela terminava as atividades muito antes das outras crianças. Receosos de que ela perdesse o interesse pela escola, já que não passava por desafios, sugeriram à mãe adiantar a filha. “A Sofia era mais madura: entre três e quatro anos ela não queria brincar de boneca e vivia me pedindo para ensiná-la a ler”, conta a mãe, que atendeu ao pedido. 
Com brincadeiras improvisadas, Michele acabou iniciando a alfabetização da filha, que aos cinco anos já sabia ler e escrever. Na escola, avaliaram que Sofia não poderia ficar em uma sala de sua própria faixa etária, já que acabaria achando a escola um tédio. 
                                             
                                          Alfabetização e adaptação

O processo de alfabetização costuma começar entre os seis e sete anos e pode acontecer mais rapidamente para algumas crianças do que para outras, mas de acordo com a orientadora pedagógica e educacional  e do 
aprendizado mais rápido não deve ser motivo para os pais verem em seu filho um pequeno gênio. 
O adiantamento depende de uma mistura de capacidades – de leitura, escrita e habilidades matemáticas – que devem ser analisadas a fundo. “As expectativas exageradas da família em relação à alfabetização não é legal. As escolas precisam saber fazer uma avaliação correta neste momento, até mesmo do desenvolvimento corporal da criança, das capacidades sociais e cognitivas”, diz. Para ela, o ideal é realmente respeitar a idade.



ENSINAR DE A LER E A COMPRENDER


Assistimos nos últimos tempos a uma preocupação constante no combate ao insucesso escolar e pode mesmo referir-se que as elevadas taxas de insucesso trazidas a público, poderão ter, segundo alguns dados, subjacente uma má preparação no âmbito da Língua Materna mais concretamente no domínio da leitura, pois dificilmente um aluno que não aprendeu a ler vai conseguir ler para aprender. Embora ler seja a base de quase todas as actividades que se realizam na escola e a leitura seja um acto que implica compreensão, a maioria das pesquisas sobre as actividades de leitura na escola demonstram que nelas não se ensina a entender textos.

Os estudos levados a cabo nesta área têm evoluído substancialmente, e a maioria, para além, de considerar a leitura como: i) um processo complexo e interactivo onde interagem três importantes variáveis: o aluno - com diferentes estruturas cognitivas e afectivas; o contexto - psicológico, social e físico; e ainda os diferentes tipos de texto (forma e conteúdo); ii) considera, também, a leitura como um processo construtivo e dinâmico que só ganha sentido com a compreensão. Como tal a presente comunicação tenta chamar à atenção para o problema e dar assim o seu contributo  nesta  temática.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Situacionalidade

Situacionalidade - Linguística Textual

Informatividade



           Entende-se por informatividade, as propriedades que dizem respeito ao grau de novidade, de imprevisibilidade que a compreensão de um texto comporta. A informatividade do texto se dá através da veiculação de textos escritos ou visuais, como anúncios, artigos, entre outros.
Sendo que o grau de informatividade de um texto é medido de acordo com o conhecimento de mundo das pessoas a que ele se destina. Nesse sentido, podemos dizer que um texto possui um alto grau de informatividade quando a compreensão mais ampla desse texto depende do repertório cultural do leitor.
Em conseqüência da imprevisibilidade, o autor consegue prender o leitor chamando mais sua atenção.
O grau de informatividade pode ser avaliado de acordo com a proporção de conteúdo e da forma que ele se apresenta.
Conclui-se que, quanto mais imprevisível for o texto, maior será seu grau de informatividade. 

Situcionalidade

No contexto textual, a situcionalidade diz respeito à relevância e/ou no texto. É ainda a adequação do texto á situação sócio comunicativa  Ou seja, todo texto é produzido num determinado fim. Esse momento em que é descrito o seu objetivo, é que constitui, entre outros elementos, a situação (contexto).

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

ESTRATÉGIAS DE LEITURA SEGUNDO ISABEL SOLÉ

“O ensino de estratégias de compreensão contribui para dotar os alunos dos recursos necessários para aprender a aprender.” (p.72)



•Leitura é “um processo mediante o qual se compreende a linguagem escrita (...).
• Para ler necessitamos simultaneamente manejar com destreza as habilidades de decodificação e aportar ao texto nossos objetivos, idéias e experiências prévias (...)” (p.23)

"...se faz necessário ressaltar que as mudanças na escola acontecem quando são feitas em equipe. Reestruturar o ensino da leitura deve passar por isso: uma construção coletiva e significativa para os alunos, e também para os professores."


 Bibliografia: SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

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O TEXTO NA LINGUAGEM DIGITAL


  1.             grupo xv: O TEXTO NA LINGUAGEM DIGITAL

   
                          


Houve um tempo em que o hábito de manter cadernos de anotações era algo bastante corriqueiro. Os chamados de "livros de lugares-comuns" (oucommonplace books ) eram utilizados pelos leitores para o registro de trechos e passagens interessantes com que se deparavam em suas leituras. Mas além de transcrições, esses cadernos também reuniam apontamentos sobre a vida cotidiana, conforme relata o historiador Robert Darnton em A Questão dos Livros(Cia. das Letras, 2009, p.164). Essas informações eram grupadas e reorganizadas à medida que novos excertos iam sendo acrescidos. O hábito espalhou-se por toda a Inglaterra no início da era Moderna, e muitos escritores famosos - entre eles John Milton e Francis Bacon - cultivaram essa maneira especial de absorver a palavra impressa, fundada na não linearidade e na fragmentação da informação. 

Tradição viva 
Hoje, com mais de 37 milhões de usuários de internet só no Brasil, essa tradição de escrita parece mais viva do que nunca, impulsionada por novas tecnologias e amplificada pela comunicação em rede. Não é exagero afirmar que e-mails, blogs e redes de relacionamento já deixaram sua marca na produção textual contemporânea. Para o escritor Michel Laub, autor dos romances O Gato Diz Adeus e Longe da Água (ambos pela Cia. das Letras), a internet tornou os textos mais naturais e coloquiais, embora não seja a única responsável por essas mudanças.

- O texto da internet é um texto em geral mais coloquial, menos "literário", no sentido de ser mediado por truques de estilo. A internet não inventou a coloquialidade, mas fez com que ela passasse a soar mais natural para muito mais gente e, estatisticamente ao menos, virou um certo padrão - afirma.

Com cada vez mais usuários - o acesso à rede no Brasil aumentou 35% entre 2008 e 2009 - a internet está criando novos hábitos de comunicação entre as pessoas, que acabam se adaptando às facilidades da nova tecnologia. Isso vale tanto para a leitura, em vista da profusão de textos veiculados na rede, quanto para a escrita, principal meio de expressão do internauta (pelo menos até que as conversas "via voz" se tornem mais corriqueiras).

Superficialidade 
Há quem veja nessa torrente de informações que jorra na internet um fator negativo, dificultando nossa concentração em textos de fôlego como romances, por exemplo. Em artigo controverso publicado na revista The Atlantic em 2008, intitulado "O Google Está nos Deixando Idiotas?", o crítico de tecnologia Nicholas Carr defende a tese de que a navegação na internet está interferindo em nossa capacidade de leitura. Se antes, afirma Carr, ele se sentia um "mergulhador num oceano de palavras", hoje ele literalmente se sente "esquiando nesse oceano", dando a entender que a experiência de ler proporcionada pela internet é bastante superficial. 

Por falar em imersão, para Roseli Deieno Braff, supervisora de língua portuguesa da editora COC, essa geração que já nasceu imersa na tecnologia não possui carência de informações, pois está sempre conectada. Porém falta muitas vezes a capacidade de se aprofundar mais no que leem e, consequentemente, de separar o joio do trigo.  

- Não falta informação para esses jovens, mas muitas vezes falta a capacidade de processar e refletir sobre tudo o que leem. Ansiosos e inquietos, consideram uma tarefa muito difícil ler um livro de cem páginas. Nesse sentido, a ausência de concentração torna-se muito negativa, obstáculo inclusive para a resolução dos problemas que a vida certamente vai oferecer - afirma Roseli. 

Ainda que o processo de reflexão não esteja acompanhando o ritmo acelerado com que esta geração vem consumindo informações, a professora de português Rosangela Cremaschi, do curso de Comunicação Escrita da FAAP, acredita que a diversidade de códigos e linguagens tem deixado os jovens mais atentos e receptivos.

- A internet deixou o leitor mais receptivo e participativo, pois recebe informações em diferentes linguagens e por meio de leituras não lineares. O texto até então "sagrado" se torna mais acessível. Se antes o ato de ler era algo distante, a internet acabou com isso, o que é positivo - defende Rosangela. 

O escritor Michel Laub também vê com bons olhos os novos hábitos de leitura incutidos pela tecnologia. Para ele, a propensão a textos mais curtos em sites e blogs não nos tornou necessariamente mais dispersos ou desatentos. Ao contrário: lê-se mais do que antigamente. 

- Os que leem textos mais longos e difíceis são uma minoria como sempre foram. Mas o restante das pessoas, que há uma década não lia nada, hoje trabalha com o texto escrito boa parte do tempo, e isso cria um certo hábito de leitura, mesmo que diluído - afirma.


O historiador Robert Darnton: a leitura e a escrita fragmentadas tiveram precedentes na era Moderna

Mais leitores 
Não por acaso, segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró-Livro na última década, o Brasil saltou de 26 para 66,5 milhões de leitores no que diz respeito a livros impressos. Esses números por si só já desfazem qualquer "má" influência da internet sobre os hábitos de leitura do brasileiro. 

- A internet não deve ser vista como algo negativo, pois amplia nossas possibilidades de leitura. É claro que é preciso um olhar crítico, e este é o papel do educador, o de orientar a busca, seleção e gerenciamento das informações que estão disponíveis na rede - afirma Valéria Caratti, consultora do portal Planeta Educação. 

Não só a leitura como também a escrita foram favorecidas pela explosão da comunicação na internet observada na última década, que proporcionou um contato maior das pessoas com atividades que envolvam a escrita - como deixar um recado na página de um amigo, escrever um e-mail ou postar textos num blog. Também é inegável que sites de relacionamento - como Orkut, Twitter e Facebook, só para citar os mais conhecidos - tornaram o ato de escrever mais banal e cotidiano, sem nenhum prejuízo nisto, uma vez que a escrita elaborada deixou de ser algo exclusivo de escritores e das atividades escolares. 

Os números atestam a presença incontornável das redes sociais no dia a dia das pessoas. Segundo uma pesquisa realizada pela empresa Hitwise Serasa Experian, essas redes são responsáveis por 62% do tráfego de internet no Brasil. Em julho de 2009, 21,4 milhões de pessoas usaram algum tipo de rede social no país, isto é, cerca de 83% dos internautas residenciais, de acordo com o Ibope Nielsen Online. 

O que já havia sido deflagrado nos anos 90 pela comunicação via e-mail, mensageiros eletrônicos e pela cultura escrita dos blogs, as redes sociais elevaram à enésima potência ao garantir interatividade e visibilidade às pessoas em torno de interesses em comum. O próprio microblog Twitter, intensamente debatido na mídia por sua contribuição à concisão (ver a matéria "
 O que é possível dizer em 140 caracteres? ", Língua 54), de certa forma cristalizou uma tendência a textos enxutos.  Gêneros de texto como o aforisma, o haicai e o epigrama, entre outras formas breves, encontram no Twitter o suporte ideal. 

Para além dos modismos que nascem e morrem na grande rede mundial de computadores, o advento do microblog Twitter extrapolou essa esfera para cair na boca de grandes homens de letras, muitas vezes avessos a novidades tecnológicas, como o escritor José Saramago, que chegou a declarar: "Os tais 140 caracteres reflectem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido". Por mais que autores torcessem o nariz para a ferramenta, muitos deles aderiram, dando corpo ao que se chamou de "tuiteratura". No Brasil, escritores como Fabrício Carpinejar, Marcelino Freire, Carlos Seabra, entre muitos outros, aderiram ao novo gênero, emprestando-lhe uma dicção própria. 
            



       

quarta-feira, 14 de agosto de 2013